13 janeiro 2014

sopra doido





mas quem és tu para usar esse olhar de inconveniência? 
quem és tu, pessoa de ti?
oh! tu, que encontras limites no teu próprio corpo?
quem és tu que te prendes ao que és?
sabes o que te aclara e que te dá nome? 
então para que mentes a meus pés?
não, não te encubras nesse fingimento que é de todos,
nisso que todos podem ver e que tu não sentes, 
pois hoje traduzes sentimentos de um tu embriagado
e eu não estou para aturar mais disso,
estou para viver disso também
também me quero afogar, tão fundo quanto tu
também quero ir parar lá baixo, onde são poucos os que já se aguentam em pé depois de serem esmurrados pela própria consciência,
essa consciência que é o vinho da verdade
essa ferramenta que te varre poeiras do corpo, mas que não limpa a alma
essa ferramenta incapaz de manifestar a essência
essa ferramenta que apenas revela a essência aos olhos dos outros

fica aqui o desejo de algum dia poder conhecer a verdadeira essência de alguém sem limites de si, alguém que continua a ser a criança que chegou ao mundo e apenas aprende e não aplica.

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