25 junho 2014

mn




hoje vamos chamar pelas estrelas que partiram os corações de pessoas fechadas numa sala
hoje vamos chamar (deixar algo em chamas)
hoje abriram-me o peito e de lá saiu tudo o que nunca esteve
hoje sou pedaços de alguém que sempre existiu
hoje a luz cegou-me novamente e eu nunca tive tanto medo, tanto medo de ter um coração nas mãos. este coração que ainda não parou de bater por medo, medo de mim e eu com medo dele

e se eu fosse vender estas palavras? palavras desidratadas e já mortas até.. palavras com (in)significados. 
mas a verdade é que vieste ter comigo, e perguntaste "quanto queres por meia dúzia delas?", eu sorri "para teres palavras minhas, só me tens de devolver as tuas"
mas só até ao dia em que restam apenas os olhos de mongol
depois, bang.

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